Em época de desgraças, tenho andado mais recolhida... Quando vemos o que pode acontecer num ápice, num percurso que também fizemos tantas vezes, de imediato damos graças pelo que temos e pelo que não nos aconteceu... Interrogamo-nos sobre as pautas do Destino, sobre a mão que as desenhou e sobre aquela que as interpreta, ora em sinfonias de alegria, ora em lamentos de dor... E enquanto reflectimos, toda a nossa semana nos parece mais leve, mesmo com os seus percalços que, noutra situação, nos desalentariam. Ficamos como que anestesiados pela dor alheia. Damos por nós a agradecer infindas vezes o que temos e a valorizar cada troço de estrada percorrido sem azares de maior... E sabemos que, enquanto vivermos, o acorde mais importante da nossa alma será sempre a resistência, a mesma que vemos nos que sofrem, mas que têm que continuar...
É por isso que vos deixo com a citação que abre o livro que agora estou a ler (Os Filhos da Liberdade de Marc Levy):
"Gosto muito deste verbo - resistir. Resistir ao que nos aprisiona, aos preconceitos, aos juízos prematuros, à vontade de julgar, a tudo o que é mau em nós e deseja unicamente exprimir-se, à vontade de abandonar, à necessidade de se lamentar, de falar de si em detrimento do outro, às modas, ambições doentias, à confusão do ambiente que nos rodeia.
Resistir e... sorrir."
Emma Dancourt
A cada manhã, em todos os acordares, existe a possibilidade de tudo de Bom e de mau nos acontecer. Uma das benesses da Vida é não nos revelar o Destino. Por isso no fim de cada dia, devemos olhar para o que se passou e entender como fomos afortunados por "resistirmos" às intempéries da Vida e sabermos que temos os dever de a viver da melhor maneira possível...
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