Fotografia by Né - Ribeira dos Caldeirões, Achada - Nordeste São Miguel Açores

domingo, 25 de novembro de 2012

Falsas partidas...


Porque eu quero que seja verdade e que eles voltem sempre, pelo menos os que valem mesmo a pena...

"Os amigos não morrem: andam por aí, entram por nós dentro quando menos se espera e então tudo muda: desarrumam o presente, instalam-se com um sorriso num canto nosso e é como se nunca tivessem partido. É como, não: nunca partiram."
António Lobo Antunes

sábado, 17 de novembro de 2012

Homenagem II


Porque há quem faça anos hoje e também mereça uma homenagem, aqui fica ela, apenas renovada:

"A maior parte das pessoas são como uma folha que cai, que flutua ao vento, que hesita e que cai no chão. Mas há outros, poucos, que são como estrelas, que seguem um rumo firme, nenhum vento os afeta, têm dentro de si as suas leis e o seu rumo."
Herman Hesse

E quando conhecemos uma dessas raras pessoas, devemos gostar dela para todo o sempre, independentemente do que ela faça, de onde esteja ou de para onde vá... Porque as estrelas são feitas para brilhar e nós só temos que as deixar fazê-lo para nos sentirmos mais iluminados...

Homenagem I


Porque a minha mãe fez anos ontem e porque ela foi a minha primeira e maior professora:


"Quero, antes de mais, saudar os professores. 

Durante anos, fui professor. E quando digo isto há uma emoção fortíssima que me atravessa. Eu não sei se há profissão mais nobre do que a de ensinar. E digo ensinar porque existe uma diferença sensível entre ensinar e dar aulas. O professor no sentido de mestre é aquele que dá lições. Os professores que mais me marcaram na vida foram os que me ensinaram coisas que estavam bem para além da matéria escolar. Não esqueço nunca um professor da escola primária que um dia leu, comovido, um texto escrito por ele mesmo. Logo na declaração da sua intenção nasceu o primeiro espanto: nós, os alunos, é que fazíamos redações, nós é que as líamos em voz alta para ele nos corrigir. Como é que aquele homem grande se sujeitava àquela inversão de papéis? Como é que aceitava fazer algo que só faz quem ainda está a aprender?
Lembro-me como se fosse hoje: o professor era um homem muito alto e seco e, nesse dia, ele subiu ao estrado da sala segurando, nos dedos trémulos, um caderno escolar. E era como se ele se transfigurasse num menino frágil, em flagrante prestação de provas. Parecia um mastro, solitário e desprotegido. Só a sua alma o podia salvar. Depois, quando anunciou o título da redação, veio a surpresa do tema que parecia quase infantil: o professor iria falar das mãos da sua mãe. Éramos crianças e estranhámos que um adulto (e ainda por cima com o estatuto dele) partilhasse connosco esse tipo de sentimento. Mas o que a seguir escutei foi bem mais do que um espanto: ele falava da sua progenitora como eu podia falar da minha própria mãe. Também eu conhecera essas mesmas mãos marcadas pelo trabalho, enrugadas pela dureza da vida, sem nunca conhecerem o bálsamo de nenhum cosmético. No final, o texto acabava sem nenhum artifício, sem nenhuma construção literária. Simplesmente, terminava assim, e eu cito de cor: "é isto que te quero dizer, mãe, dizer-te que me orgulho tanto das tuas mãos calejadas, dizer-te isso agora que não posso senão lembrar o carinho do teu eterno gesto."
Havia qualquer coisa de profundamente verdadeiro, qualquer coisa diversa naquele texto que o demarcava dos outros textos do manual escolar. É que não surgia ali, em destacado, uma conclusão moral afixada como uma grande proclamação, uma espécie de bandeira hasteada. Aquele momento não foi uma aula. Foi uma lição que sucedeu do mesmo modo como vivemos as coisas mais profundas: aprendemos, sem saber que estamos aprendendo. Lembro este episódio como uma homenagem a todos os professores, a esses abnegados trabalhadores que todos os dias entregam tanto ao futuro deste país. Comecei por saudar os professores. Parece que me esqueci dos estudantes. Ou que os coloquei em segundo plano. Mas não.
Todos somos professores, mesmo que não o saibamos. Perante os outros, perante os nossos pais, perante os amigos, perante nós mesmos, com bons ou maus exemplos, com tristes ou gratificantes lições, todos somos professores."
Mia Couto

domingo, 11 de novembro de 2012

Aprendizagens...


Porque eu própria aprendi que quase tudo é fator de aprendizagem, aqui fica um poema que o explica melhor do que eu o faria:

"After a while you learn
The subtle difference between
Holding a hand and chaining a soul
And you learn that love doesn't mean leaning
And company doesn't always mean security.

And you begin to learn
That kisses aren't contracts
And presents aren't promises
And you begin to accept your defeats
With your head up and your eyes ahead
With the grace of a woman
Not the grief of a child.

And you learn
To build all your roads on today
Because tomorrow's ground is
Too uncertain for plans
And futures have a way
Of falling down in mid flight

After a while you learn
That even sunshine burns if you get too much
So you plant your own garden
And decorate your own soul
Instead of waiting
For someone to bring you flowers.

And you learn
That you really can endure
That you are really strong
And you really do have worth
And you learn and you learn
With every goodbye you learn..."

Veronica A. Shoffstall

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Reconhecimento...

Hoje escrevo para falar de reconhecimento... Às vezes não é preciso muito para nos sentirmos reconhecidos... Basta uma palavra, um gesto ou uma pequena uma atenção para sentirmos que o nosso mundo é visitado e enriquecido por outras pessoas... É por isso que partilho um gesto de reconhecimento que recebi em relação ao meu blogue... Aqui fica, com um grande obrigado à minha "vizinha" nestes bairros da blogosfera... Este obrigado estende-se a todos os que por aqui passam, dando atenção ao que escrevo... A porta estará sempre aberta para vocês e a mesa posta com algumas palavras sinceras e o mais positivas possível para vos servir...
Aqui fica o texto que acompanhou o selo:



  • «Sendo tua seguidora atenta, tenho agora a oportunidade de agradecer e reforçar os elogios sobre os trabalhos postados, por que envio um selo - que me foi atribuído pela Briseis - e deixo a história por detrás do mesmo...

    "Este prémio foi criado em 2008, pelo escritor espanhol Alberto Zambade. Dono do blog Leyendas de “El Pequeño Dardo”, Alberto Zambade decidiu homenagear com o primeiro Prémio Dardo quinze blogs selecionados por ele. Ao divulgar o prémio, o escritor solicitou aos blogs premiados que também indicassem outros blogs ou sites que também fossem merecedores do prémio.

    Segundo o seu criador, o Prémio Dardo destina-se a “reconhecer os valores demonstrados por cada blogueiro diariamente durante o seu empenho na transmissão de valores culturais, éticos, literários e pessoais, demonstrando, em suma, a sua criatividade por meio do seu pensamento vivo que permanece inato entre as suas palavras”.

    Keep the great work!
    Ana

    Love at Sight
    Evolução»