Fotografia by Né - Ribeira dos Caldeirões, Achada - Nordeste São Miguel Açores

sábado, 29 de setembro de 2012

Outono...


O outono traz na aragem já mais fresca a vontade de me aconchegar e agradecer... Nesse agradecimento pinto todas as tonalidades do que me faz sentir em paz e ser eu... Agradeço pelos amores e pelos amigos (até pelas dores e pelos perigos!) que fazem da Vida uma experiência que nos marca... Agradeço pelas palavras e pelos gestos (os queridos e os honestos!) que nos incitam a continuar... E na vela que arde ao meu lado, no chá que me aquece o corpo e no lar que me alberga sinto o calor que não foge neste outono nem desaparecerá no inverno... Porque é chama que mantenho acesa enquanto o derradeiro frio não chegar e sei que aqueles a quem agradeço não a deixarão apagar...

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A toast...


Tal como nós brindamos à Vida, também ela nos brinda, por vezes, com desafios que consideramos demasiados para o copo que transportamos... Receamos fazê-lo transbordar de trabalho, de preocupações, de responsabilidades, de afazeres, de falta de tempo... Hesitamos ao levantá-lo... Achamos não ter forças suficientes para o fazer... Mas fazemo-lo na mesma, um pequeno/grande esforço de cada vez... E é nesse persistir que nos calha, nem sempre, mas ocasionalmente, encontrar quem nos empresta o seu copo para nos ajudar a aparar o que transborda do nosso... E é a essas pessoas que brindo, hoje e sempre, por estarem lá, por não terem medo nem vergonha de nos incentivar, de nos acarinhar, de nos amar, mesmo quando não somos mais do que apenas nós...

domingo, 2 de setembro de 2012

Emoções...


"[...] não há nada na vida que possa compensar uma amizade. Nem mesmo uma paixão devoradora pode oferecer tanto prazer como uma amizade silenciosa e discreta proporciona àqueles que são tocados pela sua força."
Sándor Márai
in As velas ardem até ao fim

Nem sempre nos lembramos disto, mas a Vida acaba por no-lo relembrar...

sábado, 1 de setembro de 2012

Aventura...


Passei os últimos dias na companhia do centenário Allan Karlsson, personagem principal do livro O Centenário que fugiu pela janela e desapareceu. No dia do seu centésimo aniversário, Allan fugiu do lar de idosos onde se encontrava e onde lhe estavam a preparar uma festa de aniversário, simplesmente para viver mais um pouco... A simplicidade com que o fez levou-me a refletir sobre a presença/ausência de aventura nas nossas vidas... Com Allan (re)aprendi que nunca é tarde para partirmos à descoberta, mesmo que a nossa vida pacata nos atraia ou que ninguém pareça incluir-nos nos seus planos... Mas também relembrei que, por vezes, nem precisamos de fazer nada, a não ser dar o primeiro passo, para um mundo de aventuras vir ao nosso encontro... E esse primeiro passo poderá ser apenas o que nos tira da cama todos os dias e nos faz enfrentar um novo dia, um novo setembro, um novo começo... Venham as aventuras!