Ontem iniciei um retiro espiritual de doze dias que só os meus companheiros de armas (colegas de profissão) poderão entender... Embora o Alasca continue a brotar nos meus pensamentos como reduto para onde eu desejava retirar-me neste momento e sempre, não estou a falar em exílio geográfico, nem tampouco religioso (embora a minha religião seja a Vida, por isso a viva sempre!).
É tão somente um espaço temporal relativamente alargado em que quero aproveitar para me retirar para dentro de mim, para aquele nicho recôndito e silencioso do meu íntimo onde não há barulho, nem ruídos, nem urros, nem revolta, nem amargura, nem desrespeito algum. Quero aproveitar para pôr a leitura em dia, para estar com a família, com os amigos (ou seja, a outra família) e, sobretudo, comigo própria, nem que seja a relembrar as não-razões pelas quais detesto o Carnaval, mas gosto do sossego...
Para quê? Para que ao fim deste tempo, eu sinta saudades dos meus alunos e queira voltar ao seu alcance visual... E porque sei que essas saudades vão surgir... Dos que me sorriem, dos que me dizem que gostaram da aula, dos que valorizam os meus pequenos gestos diários de entrega à profissão... Se esses ainda existem, ouço muitas vozes dentro dos que me lêem a perguntar... Existem, sim... Eles andam aí... São é cada vez menos e têm tendência a esconder-se... Mas eu vou continuar a minha missão de os encontrar... Depois do retiro espiritual, se fazem favor...
Sem comentários:
Enviar um comentário
E tu, estás inspirado/(a)?