- We don't read and write poetry because it's cute. We read and write poetry because we are members of the human race. And the human race is filled with passion. And medicine, law, business, engineering, these are noble pursuits and necessary to sustain life. But poetry, beauty, romance, love, these are what we stay alive for. To quote from Whitman, "O me! O life!… of the questions of these recurring; of the endless trains of the faithless… of cities filled with the foolish; what good amid these, O me, O life?" Answer. That you are here - that life exists, and identity; that the powerful play goes on and you may contribute a verse. That the powerful play goes on and you may contribute a verse. What will your verse be?
Professor Keating, "Dead Poets Society"
Têm-se sucedido neste cantinho os tributos póstumos a pessoas que admirei. Parece que o mundo anda a ficar cada vez mais vazio de mentes que marcaram a diferença. Precisei de uns dias para me mentalizar da partida do ator Robin Williams e só agora consigo vir aqui tentar verbalizar algumas respostas para perguntas que eu própria formulei.
Apesar de o admirar desde que comecei a ter noção do que era ser um bom ator, para mim ele será sempre o Captain, my Captain do "Clube dos Poetas Mortos". Da primeira vez que vi o filme (vez essa que já se elevou em expoente até um número que deixei de contabilizar), já sabia que queria ser professora, mas lembro-me de pensar que ser professor era uma missão ainda mais nobre do que julgara anteriormente. Para mim, uma das virtudes dos bons filmes e dos bons atores é fazerem-nos refletir sobre a nossa própria existência e contagiarem-nos de alguma forma com aquilo que estão a veicular. Robin Williams tinha esse efeito em mim. Fez-me pensar, chorar e rir muito. No fim, surpreendeu-me. Não pensei que o "verso" de resposta dele à pergunta de Whitman fosse o que ele escolheu. Mas até aí ele deixa food for thought.
Sobretudo, deixa-me a pensar que nada sabemos, por vezes, do que vai dentro da alma alheia. E que a vida pode assumir, num ápice, a forma de uma estrada que não contávamos percorrer. O importante é saber qual a nossa bússola, onde está o nosso norte e que rumo consciente pretendemos dar aos nossos passos. Para que o nosso "verso" de resposta seja:
- Estou aqui. Quero estar aqui. Sou eu. Sinto-me bem a sê-lo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
E tu, estás inspirado/(a)?