Quando era estudante universitária, li e analisei excertos do poema épico Beowulf, que se constitui como o poema mais longo da literatura anglo-saxónica e um marco da literatura medieval. Apesar de ter sido escrito na actual Inglaterra, a história refere-se a eventos ocorridos na Escandinávia. Centra-se nos feitos de Beowulf, um herói que, com a sua excepcional força e coragem, livra os dinamarqueses da ameaça de vários monstros diabólicos e, já coroado rei do seu povo, combate e mata um dragão, numa batalha que acaba por lhe custar a vida.
Quando saiu o filme com o mesmo título, consegui arranjá-lo, com a curiosidade de voltar a este imaginário. Tinha-o gravado em casa desde então, mas faltou sempre a vontade última que ditasse o seu efectivo visionamento. Num destes serões passou em televisão e nem eu o perdi, nem fiquei decepcionada. Gostei do trabalho de animação e da forma como deram vida à lenda que eu só conhecia no papel, mas cujas personagens habitavam na minha imaginação. Senti-me de novo uma estudante-guerreira nas aulas de Literatura Inglesa e, só por isso, apetece-me terminar com uma frase do filme:
"Um herói regressa sempre a casa."
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