"Assim vamos persistindo, como barcos contra a corrente, incessantemente levados de volta ao passado."
F. Scott Fitzgerald
Quando achamos que já estamos seguros, no mar alto a caminho de futuro, e que nenhum fantasma ou nenhuma sombra do que deixamos para trás nos conseguem alcançar, eis que os sentimos pairar sobre nós e que nos vemos envolvidos em memórias, em lembranças e, por vezes, em lágrimas saudosas…
Não vale, pois, a pena gastar demasiadas forças a remar contra a corrente… Não compensa acelerar em demasia a caminho de um desconhecido que poderá ser mais nocivo ainda… O melhor que temos a fazer é desfrutar da viagem, descansar em cada porto, apreciar cada nascer ou pôr do sol, saborear a maresia, inspirar a aragem, mergulhar quando o mar nos convida, descansar quando o cansaço nos invade e revisitar esse passado que deixamos como uma galeria de arte…
Ao passearmos pelas suas salas, encontraremos quadros que nos comoverão, outros que nos farão rir… Alguns ser-nos-ão já indiferentes, outros far-nos-ão lamentar a nossa ausência daquele cenário… E porque a Vida é, na sua essência, arte inesperada, caleidoscópica e incansavelmente rica teremos infinitas sensações a brotar de nós de forma natural e inevitável. Façamos disso mais uma etapa da nossa travessia e não uma paragem demorada ou derradeira...
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