"Não há melhor momento do que o outono para começar a esquecer as coisas que nos incomodam. Deixar que se soltem de nós como as folhas secas, pensar em voltar a dançar, aproveitar cada migalha de um sol que ainda dá calor, aquecer o corpo e o espírito com os seus raios, antes que ele vá dormir e se transforme apenas numa fraca lâmpada nos céus."
Paulo Coelho
O outono já vai longo e cheira a inverno… O Natal vem aí nos gestos apressados de quem o prepara a ver se não o deixa fugir. Mas ainda é tempo de continuar (e não começar) a esquecer as coisas que nos incomodam… Não só deixar que se soltem como as folhas secas se libertam das árvores, mas pisá-las e ouvi-las estilhaçarem-se crocantes debaixo dos nossos pés, naquele som característico que adoramos desde crianças.
E, enquanto ouvimos os primeiros sons de jazz natalício, dançamos pelas memórias que persistem em instalar-se e, como se fizéssemos limpeza a uma gaveta atulhada de papéis, rasgamos as que já não pertencem aos arquivos que nos fazem sorrir.
Na falta de um sol que vem de fora, centramo-nos na vela acesa que nos aquece a secretária do trabalho e sabemos que também há uma que nos ilumina e aquece bem no centro da nossa alma. Porque acreditamos que sim, porque confiamos em nós próprios e porque não queremos esfriar… Nunca...
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