Às vezes, quando mais ninguém está disponível ou quando já não quero aborrecer mais ninguém, sento-me num degrau do Universo e converso... Com o Universo, comigo própria, com todos os que fazem parte de mim, mesmo os que parecem querer afastar-se da minha presença... E nessas conversas redescubro tudo o que tenho para dar, tudo o que tenho para receber, sobretudo a imensidão que há para agradecer... E dou, e recebo e agradeço...
Se o Universo me responde? Sim... Num salpico de mar com sabor a lágrimas; num raio de sol que lembra o calor de um abraço; numa lua precoce que desenha a inicial de alguém muito querido...
Tanto mundo para partilhar! Tanta coisa bonita a nascer em mim para dizer, para contar, para cantar, para dançar, para escrever... A quem? Com quem? Para quem?
A mim própria, comigo própria, para mim própria...
Aos que quiserem, com os que quiserem, para os que me quiserem no seu amanhã...
É que o hoje, o hoje já foi e continha tantos segundos para encher de confidências, mas quem estava lá era apenas o Universo... E eu enchi-o de mim, do melhor que tinha... E sei que dele nada vem devolvido ao remetente por recusa... Amanhã haverá mais de mim para dar... E se mais ninguém o quiser, que o Universo me receba... E eu saberei que terei dado o melhor de mim, como sempre... Até amanhã...
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