"Time flies over us, but leaves its shadow behind."
Nathaniel Hawthorne
A vida é como um aeroporto, feita de chegadas e partidas. E é quando assistimos, ainda que de longe, às despedidas dos que ficam que desejamos que a corda do relógio do nosso Tempo se parta para que os nossos permaneçam connosco, como que cristalizados num agora feliz e sem ausências…
Sabemos como isso é impossível, por isso passamos para o extremo inverso. Estreitamos cada segundo passado com eles com tanta força que quase os esmagamos de intensidade. Queremos beber cada passagem do ponteiro e saciar-nos da companhia dos que nos são próximos.
E depois a vida ultrapassa-nos, quer pela esquerda, quer pela direita, sem nunca levar multas ou sequer avisos por excesso de velocidade, e esquecemo-nos de que estamos no palco para receber e ver partir. Engrenamos a quinta velocidade para acompanharmos o ritmo do quotidiano e a urgência que sentíramos anteriormente esvai-se, substituída pela correria de fazer tudo em vinte e quatro horas. Até que sejamos público para mais um espetáculo de dor e lágrimas… Até que chegue também a nossa vez...
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