Desde pequena (ou melhor, desde que me mudei para cá!) que sou assaltada com perguntas sobre o meu contentamento por ter vindo para cá viver ou sobre a minha vontade de regressar às origens. Origens? E quais são elas? Provavelmente as micaelenses, transplantadas ainda nos genes paternos para o outro lado do Atlântico, onde germinaram, como se num vaso ou canteiro temporário se encontrassem. E, depois, houve o regresso, o novo lançar delas à terra onde pertenciam... Será assim? Nem eu sei. Mas estou certa de que sabe bem ter duas pátrias (ou será uma pátria e uma mátria?)... Assim há sempre um lugar para onde regressar se necessário for...
Tudo isto porque acabei de ler um excelente livro que fala exactamente das raízes culturais, uma compilação de contos intitulada Numa Terra Estranha da escritora Jhumpa Lahiri. E termino este post com a citação que ela escolheu para abrir o livro:
"A natureza humana não prosperará, pelo menos não mais do que uma batata, se for plantada e replantada, durante demasiadas gerações, no mesmo solo esgotado."
Nathaniel Hawthorne
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