"...os homens são como as castanhas que se vendem na rua: quando as compras, estão quentes e cheiram bem, mas a que tiras do cartucho arrefece logo e percebes que a maioria está podre por dentro."
Carlos Ruiz Zafón in O Prisioneiro do Céu
É Zafón quem o diz, mas eu cito-o para explicar que acredito que essa podridão que se tem vindo a apoderar da humanidade se alastra de facto (e não estou a falar só de sexo masculino, entenda-se)... No entanto, o cartucho da convivência diária ensina-nos que, apesar de algumas nódoas negras que todos temos e que nos tornam por vezes mais amargos (a disfarçar quiçá uma certa cautela), ainda há e haverá sempre castanhas que valem a pena, por se manterem quentes quando as escolhemos e por nos aquecerem com o seu calor próprio e com o aconchego da sua presença na nossa Vida... É a essas que nos devemos agarrar para continuarmos a evitar que a podridão nos contagie...
Todos temos a nossa minhoca que nos rói mais ou menos e nos deixa alguma parte menos comestível...mas se realmente se gosta mesmo de castanhas é esse o risco...algumas estão menos, outras mais estragadas mas em todas alguma coisa se aproveita...nem que seja o cheiro a castanha assada...
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