Gosto de celebrar mais um livro lido. Comprazo-me no ritual de lhe arranjar um lugar na estante dos muitos-já-lidos que aguardam sempre novos vizinhos. E, à medida que a pilha dos "a ler" se vai esvaziando, sinto-me realizada, mais cheia de tudo o que de novo interiorizei e de vontade de ir comprar mais... É por isso que a montanha nunca se torna vale... :)
"[...] quando olhavam para o mar, as pessoas erguiam a cabeça e os rostos mostravam-se curiosos e abertos, como se buscassem algo que os ligasse ao Sol e às estrelas, algo que sabiam haveria de permanecer muito depois de o vento lhes ter apagado as pegadas no pó. Podia-se comprar terra, vendê-la, possuí-la, dividi-la, exigi-la, espezinhá-la e lutar por ela. A terra estava permanentemente marcada por laços de sangue; inchava sob os corpos dos incalculáveis milhões enterrados nela. O mar, porém, era puro e eterno, aparentemente para além das exigências humanas."
Thrity Umrigar
in
Bombaim - A Um Mundo de Distância
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