"Todos os sofrimentos são permitidos, todos os sofrimentos são recomendados; o que importa é seguir em frente, o que importa é amar."
Françoise Leroy
Despedimo-nos da dor de um dente de siso arrancado e isso faz-nos recordar outras dores já vividas, já esquecidas, já passadas. Dores psicológicas, daquelas que não se tratam com ibuprofeno mas que demoram a desvanecer, tanto que às vezes ainda as sentimos, como dores-fantasma, embora os membros que as provocavam já quase tenham desaparecido da nossa vida…
Talvez pensássemos que nunca nos abandonariam, que a nossa sina era viver com elas para sempre. Às vezes esquecíamos que nos doía, tal era o hábito de as tolerar. Agora que se foram, o que importa?
Saber quando nos curamos ou porquê? Não há momento exato nem antídoto identificável. Apenas uma certeza: o tempo ajuda, embora não resolva nada sozinho. Então, o que importa?
Importa que há vida para além do sofrimento; que ninguém é insubstituível ou eterno no nosso coração; que as cores primaveris voltam sempre, por mais desolador e gelado que seja o inverno do nosso descontentamento; que há um sorriso pronto a florir em cada canto da nossa boca; que as surpresas não se armazenam em pacotes finitos e que nós encontramos sempre novos momentos para amar...
Palavras maravilhosas, Né! Toca a sorrir então :) Um beijinho*
ResponderEliminar