A fonte de Hipocrene brotou por debaixo do casco do cavalo Pégaso e foi escolhida pelas Musas como centro dos seus lugares preferidos para habitar. Os escritores dirigiam-se lá para procurar inspiração... Eu virei aqui quando me sentir inspirada para partilhar esses momentos...
Fotografia by Né - Ribeira dos Caldeirões, Achada - Nordeste São Miguel Açores
"[...] love and war stand upon the very same foundations. [...] in my darkest moments, my most fearful times, when faced, became my bravest. When feeling at your weakest you end up showing more strength, when at your lowest are suddenly lifted above higher than you've ever been. They all border one another, those opposites, and how quickly we can be altered. Despair can be altered by one simple smile offered by a stranger; confidence can become fear by the arrival of one uneasy presence. [...] Everything is on the verge, always brimming the surface, a slight shake, a tremble sends things toppling."
Para assinalar o fim da leitura de Thanks for the memories de Cecelia Ahern...
Hoje amanheci com o dia... E sinto-me como se ele tivesse ficado ainda mais cheio, ainda mais rico, ainda mais belo... Como se tivesse assistido a um magnífico espectáculo inteirinho, sem perder pitada... Estou "cheia de sol"! :)
Como acabei de o ver (ainda está quentinho dentro de mim e sinto o seu efeito!), quis só vir dizer que não há nada mais ternurento do que este filme! :)
Ellie: [her last message to Carl] Thanks for the adventure. Now go have one of your own.
"It's funny how people mark their lives, the benchmarks they choose to decide when a moment is more of a moment than any other. For life is made of them. I like to think the best ones of all are in my mind, that they run through my blood in their own memory bank for no one else but me to see."
Li há pouco na Fúria Divina (livro do José Rodrigues dos Santos que me tem acompanhado na minha terapia de sofá durante os últimos dias e que ando a devorar!) que, segundo o Islão:
"...somos todos gotas de água que se juntam num ribeiro e todos os ribeiros convergem para um grande rio que desagua no oceano imenso."
E agora eu pergunto: Se vamos todos para o mesmo sítio, porque não paramos de nos empurrar uns aos outros?
Acordar e saber que cada dia que começa pode ser aquele que nos trará a mais inexpugnável de todas as fortunas, mesmo sem que o pressintamos, é logo motivo para abraçar mais vinte e quatro horas e torcer para que o nosso destino feliz se cruze connosco, nos reconheça e se instale em nós...
Entrarás nas livrarias e nas feiras do livro, mas não trarás para casa mais nenhum livro, por muito que ele pareça estar a gritar para ser adoptado, a não ser quando diminuíres pelo menos para metade a montanha dos que tens para ler!
PS-Estás dispensada deste Ultimato se o livro gritar MESMO MUITO ALTO:
Porque também me apetece "Fazer o que ainda não foi feito", aqui fica mais uma das letras inconfundíveis de Pedro Abrunhosa, seguida da versão cantada...
Desde que comecei a ler o "nosso" José Rodrigues dos Santos que guardo os romances dele para leituras de Verão. São livros grandes que gosto de "devorar" nos tranquilos dias de Agosto, com tempo e sem pressas. Ontem foi dia de me abraçar ao seu último - Fúria Divina - e fui conquistada logo com a dedicatória:
"A todos os crentes
que amam e não odeiam"
Fiquei contente porque sei que pertenço ao grupo de crentes a quem o livro é dedicado... :)
Desde pequena (ou melhor, desde que me mudei para cá!) que sou assaltada com perguntas sobre o meu contentamento por ter vindo para cá viver ou sobre a minha vontade de regressar às origens. Origens? E quais são elas? Provavelmente as micaelenses, transplantadas ainda nos genes paternos para o outro lado do Atlântico, onde germinaram, como se num vaso ou canteiro temporário se encontrassem. E, depois, houve o regresso, o novo lançar delas à terra onde pertenciam... Será assim? Nem eu sei. Mas estou certa de que sabe bem ter duas pátrias (ou será uma pátria e uma mátria?)... Assim há sempre um lugar para onde regressar se necessário for...
Tudo isto porque acabei de ler um excelente livro que fala exactamente das raízes culturais, uma compilação de contos intitulada Numa Terra Estranha da escritora Jhumpa Lahiri. E termino este post com a citação que ela escolheu para abrir o livro:
"A natureza humana não prosperará, pelo menos não mais do que uma batata, se for plantada e replantada, durante demasiadas gerações, no mesmo solo esgotado."
Finalmente vi-o. Tinha altas expectativas. Gostei muito, ou não fosse o actor principal um dos meus favoritos. Se fiquei um pouco desencantada? Talvez... Mas acho que esse é o efeito do próprio filme e que se gera pelo facto de ser bom... Deixo-vos com as suas últimas palavras:
"A few times in my life I've had moments of absolute clarity, when for a few brief seconds the silence drowns out the noise and I can feel rather than think, and things seem so sharp and the world seems so fresh. I can never make these moments last. I cling to them, but like everything, they fade. I have lived my life on these moments. They pull me back to the present, and I realize that everything is exactly the way it was meant to be."
"...isso que todos pareciam dizer agora, que as coisas acontecem sempre por alguma razão - era algo que cada vez mais acreditava que pudesse ser verdade, talvez. A ideia de a vida de uma pessoa ser uma tapeçaria e que só muito mais tarde se conseguia ver os fios ligando as partes entre si, todas as associações aleatórias, a forma como todos influenciam os outros em aspectos aparentemente pequeno mais importantes. Ou talvez se comece pelo avesso da tapeçaria, viramo-la quando se morre e aí vê-se o gigantesco unicórnio branco dentro do bosque encantado com a pereira por trás dele. Era assim que a metáfora costumava ser usada, [...] mas descobriu que gostava de pensar nos fios. Para já, talvez quisesse concentrar-se nos fios sem se preocupar demasiado com o unicórnio. O unicórnio saberia cuidar de si mesmo."
Porque isto de ler as ditas "lamechices" também encerra as suas lições, partilho esta:
"Imagina que pegas em todos os teus problemas e os metes numa caixa de fósforos. [...] A sério. Vai fazer-te bem. Imagina que pões os teus problemas, [...] todos os teus problemas que achas que tens, numa caixa de fósforos. [...] Agora vais pôr a caixa de fósforos num monte enorme, com os problemas das outras problemas. E depois tens de tirar uma caixa do monte e esses serão os teus novos problemas. A questão é, tornas a pegar na tua caixa ou pegas na de outra pessoa? [...] Então? Pode calhar-te um cancro ou um filho autista. Pensa no que as pessoas sofrem. Podes ficar paralisado."
Sarah Dunnin Quando menos esperamos...
Afinal quem tem problemas? Eu fiquei sem vontade de achar que os tinha alguma vez... Nada como uma boa "lamechice" para nos acordar o coração...
"Duas estradas divergiam num bosque e eu segui pela menos percorrida... E isso fez toda a diferença." Robert Frost
Esta era uma citação que já conhecia, mas que acabei de reencontrar por acaso no livro "lamechas" que escolhi para atacar a leitura de novo... Há que "pegar o touro pelos cornos"! Afinal de contas, é Verão e estou de férias! :)