Fotografia by Né - Ribeira dos Caldeirões, Achada - Nordeste São Miguel Açores

domingo, 27 de janeiro de 2013

Não há impossíveis...


"Some stars are already dead, but once their light was so strong that we can still see them... And we can't tell which ones are dead and which ones are alive... It's impossible..."
"The Impossible" (movie)

Há histórias de vida que nos fazem querer ser mais fortes e brilhar mais sobre os que nos rodeiam... Há histórias de vida que nos mudam, que nos fazem chorar um pouco do que nos atormenta, que nos fazem sorrir um pouco do que nos anima, que nos fazem agradecer ainda mais o que nos alenta... Esta é uma delas... Apesar de, por vezes, ter pensado que o "impossível" era esta lamechas aguentar o filme até ao fim, as suas personagens recordaram-me que não há impossíveis, sobretudo porque se baseiam em pessoas de carne e osso (e muitas feridas abertas!) como nós... É por isso que devemos continuar a brilhar com toda a luz que há em nós, para que o nosso calor nunca falte aos que nos querem bem, sejam quais forem as circunstâncias...

Forgiving and forgetting...


"Forgive and forget, because when you get to old age, the only part you can do is forget..."
"Hope Springs" (movie)

Não costumava ser grandes coisas a perdoar... E quando perdoava, não esquecia... Até que as pessoas que mais me magoaram começaram a ser as pessoas de quem mais tinha gostado na Vida... Comecei por conseguir perdoar-lhes... E esquecer? Há quem interprete este esquecer como deixar de pensar nelas e de gostar delas por completo, erradicando-as da nossa existência... Eu não... Não consigo esquecer as pessoas de quem gostei ou de quem continuo a gostar... Se consigo esquecer o que elas me fizeram e me magoou? Nem sempre... Mas sinto-me cada vez mais capaz de substituir esses pensamentos pelos que me trazem à memória as coisas boas que me fizeram ou disseram... Uso-os como pensamentos-vassoura, que limpam os outros e os escondem debaixo do tapete do ressentimento... Às vezes, esse tapete desloca-se um pouco e eles querem sair... Mas eu agarro-me às fiéis vassourinhas e volto a mandá-los para o seu sítio certo que é bem longe do meu presente... Afinal de contas, há que deixar o terreno limpo para quando essas pessoas voltam a semear coisas boas...

domingo, 20 de janeiro de 2013

Anyway...


"People are often unreasonable and self-centered. Forgive them anyway.
If you are kind, people may accuse you of ulterior motives. Be kind anyway.
If you are honest, people may cheat you. Be honest anyway.
If you find happiness, people may be jealous. Be happy anyway.
The good you do today may be forgotten tomorrow. Do good anyway.
Give the world the best you have and it may never be enough. Give your best anyway."

Assim faço e assim farei... Porque, no fim, de todos os problemas que posso vir a ter, terei certamente um a menos: o que poderia arranjar com a minha consciência se não o fizesse... E só isso vale a pena a esforço, porque a minha consciência é a voz mais estridente que conheço e mantê-la apenas a conversar comigo de mansinho é a minha maior conquista...

domingo, 13 de janeiro de 2013

Pride...


"Nós, mortais, homens e mulheres, devoramos mais de uma deceção entre o pequeno-almoço e o jantar; retemos as lágrimas, os nossos lábios parecem um pouco pálidos e, às perguntas que nos fazem, respondemos:
- Não é nada.
O orgulho ajuda-nos, e o orgulho não é mau quando nos obriga a ocultar as nossas feridas, em vez de ferir os outros."
George Eliot in A vida era assim em Middlemarch

E o orgulho também é bom quando nos ensina a ser mais fortes e a usar essa força para passar a Vida sem sofrer tanto...

domingo, 6 de janeiro de 2013

Fim aberto...


"Termina um ano, termina um mês, termina uma semana, termina um dia, termina uma hora, termina um minuto, termina um segundo. Este segundo, e este, e este, e este.
Noutra dimensão, alheio a estes detalhes, há o tempo. Nunca termina, nunca começa, continua sempre."
José Luís Peixoto

Tal como tudo o que é, de facto, importante... Tal como esta linha que se chama Vida e que não sabemos para onde nos leva, mas que se cruza e que se entrelaça com as vidas de outras pessoas, sem sabermos nem o porquê, nem o para quê, mas que nem com a morte se quebra, porque fica sempre enrolada à volta do pensamento de alguém que encontramos e que nos quer bem...

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Happy birthday, Mr. Blog!


Faz hoje três anos que criei este cantinho, um pouco a medo, sem saber bem para que serviria... Três anos depois, sei que encontrei nele um refúgio e, sobretudo, um espaço onde me ouço a mim própria, numa espécie de auto-terapia positivista. Já não saberia viver sem ele.
E porque é tempo de balanço, pergunto-me se terão sido três anos fáceis... Claro que não! Mas também, quem quereria sair da sua própria Vida, no fim, de bandeira vitoriosa erguida a dizer que tudo fora fácil? Se fosse fácil, não seria Vida e, se não fosse Vida, não seria difícil.
Foram três anos em que VIVI (umas vezes mais, outras menos), com tudo o que isso acarreta. Se sofri, se me magoei, se chorei? Até não poder mais... Vi os meus limites serem esticados e fiz bungee-jumping por cima de grandes abismos, mas aqui estou... Cresci, aperfeiçoei-me, reforcei as minhas defesas e tornei-me mais EU...
E ao longo de todo este percurso, o meu blogue manteve-se fiel, à minha espera, não criticando os silêncios, nem transbordando com as enchentes de palavras quando elas surgiram sem avisar. Esteve aqui. E estará. Como um espelho, a que me vejo, para retocar a minha essência e poder apresentar-me ao Mundo como sou e como quero ser. Termino hoje com as palavras de Eduardo Sá, certa de que amanhã ou depois ou noutro dia qualquer haverá outras palavras que me inspirem para continuar a ser a Hipocrene deste Cantinho: "É bom que, como cada criança, ao dobrarmos um ano, tenhamos a secreta convicção de que, a partir daí, só vale aquilo que quisermos." (in A vida não se aprende nos livros)