Fotografia by Né - Ribeira dos Caldeirões, Achada - Nordeste São Miguel Açores

quarta-feira, 31 de março de 2010

Momentos-Rosa...


A Vida está cheia de momentos-rosa: oferecendo-se em pétalas delicadas que só alguns sabem apreciar e de suave perfume que apenas atinge e envolve os que o reconhecem, acolhem com paixão e agradecem... Quero pertencer sempre a essa elite e nunca obliterar o meu agradecimento...

terça-feira, 30 de março de 2010

"Words hurt..."

Numa fase em que tanto se fala de "bullying" nas escolas, eu alerto para o "bullying" na Vida também e faço-o com esta publicidade vinda do "meu" país. Afinal de contas, já diz o ditado:
"Mais fere a má palavra do que a espada afiada."

segunda-feira, 29 de março de 2010

Eco...

Porque emprestei o livro A Cor da Felicidade de Wei-Wei a uma amiga e ela gostou e hoje mandou-me uma mensagem a dizê-lo e porque hoje passei o dia a organizar e arrumar papéis e isso fez-me bem, lembrei-me de uma citação desse livro que tenho anotada por sintetizar a minha própria teoria acerca da Felicidade... Quis vir deixá-la aqui como prova de que esses momentos existem e acontecem quando menos os esperamos...

"O que é a felicidade, perguntas-me tu? Eu não sei. Nunca antes me interroguei. Mas de uma coisa tenho a certeza: eu vivi-a. Ou, para ser mais clara, eu vivi momentos de felicidade. Para mim a felicidade não é qualquer coisa de abstracto, mas a acumulação de momentos felizes que a vida me reservou. [...] São estes os momentos luminosos e tantos outros, às vezes muito breves, mas sempre tão reais e tão essenciais como o sal e o arroz, que adoçam os rudes golpes do destino e que me fizeram sentir que, apesar de tudo, a vida vale a pena ser vivida."

domingo, 28 de março de 2010

Free...

Acabei há uns minutos o livro que andava a ler já há tempos e fotografei a imagem da capa porque a acho linda e porque expressa a exacta sensação que me invade quando acabo um bom livro... A liberdade e a leveza apoderam-se de mim porque o acto de ler solta-me e às minhas emoções, fazendo-me voar pelos céus da imaginação... Termino citando o seu autor, Marc Levy, em palavras que libertam o nosso sentir e que nos irmanam nele:
"Os sentimentos viajam através das grades mais estreitas, seguem sem medo da distância e não conhecem as fronteiras das línguas, nem as das religiões, juntam-se para lá das prisões inventadas pelos homens."

"One life" by Lisa Ekdahl

Lá porque não a vou ver logo à noite no Teatro Micaelense, não quer dizer que não a ouça... Aliás, eu ouço-a com regularidade porque faz parte do meu "Top +" privativo...



E, já agora, aqui fica a letra desta bonita canção de Amor e União universais:

One Life
"You say we have nothing in common
I wouldn't say that if I were you
All of us come in through the same door
That much if nothing else I know is true
All of us will very soon be leaving
We were brought here, soon we will depart
Now I don't care if someone says i'm foolish
Cause while i'm here i'm singing from my heart
Chorus:
There's just one life coming from that one place
There's just one face and it's your face
There's just one life going to that one place
There's just one face and it's God's face
And it's in
Everyone it's in every place
It is everywhere that one face
I can see it shining through
Can't you see it shining trough?
Don't tell me that you don't
Just tell me that you do
I wouldn't want hurt, I wouldn't
I wouldn't wanna do you harm
All of us came in through the same door
Now would you let me sleep in your arms
All of us will very soon be leaving
We were brought here, soon we will depart
Now I don't care if someone says i'm foolish
Cause while i'm here, i'm singing from my heart
Chorus:
There's just one race and it's the human race
There's just one face babe it's your face
I can see it shining through
Can't you see it shining through?
Don't tell me that you don't
Just tell me that you do
There's just One Life..."

"My own Bucket List"

Depois de uma recta final de período extenuante, sinto-me em "liberdade condicional" por duas semanas e há pequenas-grandes coisas que posso agora fazer e que enchem a lista da minha paz... Há dias consegui apanhar em televisão o filme "The Bucket List" (em Português "Nunca é tarde demais") que tinha perdido no cinema quando estreou. É certamente o meu tipo de filme pela mensagem que transmite, de que devemos aproveitar a Vida ao máximo enquanto a temos (Carpe diem quod uita breuis est), e pela excelente interpretação da dupla Freeman/Nicholson.
O título em Inglês é curioso porque advém da expressão idiomática "kick the bucket", que significa "morrer" ou até "suicidar-se". A origem dessa expressão idiomática aparece explicada através de várias teorias, sobre as quais não me pretendo debruçar (estou de "férias", remember?). Digo apenas que a palavra "bucket" significa "balde".
Lembrei-me de escrever sobre este filme hoje, porque eu sou a mulher das listas de coisas por fazer, como já vos disse... Nesta fase, também quero fazer uma lista de coisas, mas desta feita "a não-fazer", porque no palmo de Vida que me foi dado também quero tatuar momentos de paz, de sossego, de descanso, de boa leitura, de terapêutica pintura ou simplesmente da sensação de conforto do sofá...
A longo prazo, também a minha "Bucket List" está vazia, porque acredito que tudo o que quero fazer para a encher será feito gradualmente, se as coisas se proporcionarem. Se assim não acontecer, terá sido porque, algures num plano superior à minha vontade, haveria desígnios melhores para mim. E se esses desígnios incluírem contribuir para a Felicidade dos que me rodearem, então terá sido uma lista cheia de ticks e uma missão cumprida. Afinal de contas, como diz a personagem Carter Chambers no filme: "You measure yourself by the people who measure themselves by you."

domingo, 21 de março de 2010

Renovação

Ontem chegou a Primavera e até agora está a portar-se relativamente bem. Pena que eu ainda tenha que ficar encarcerada no Reino do Papel mais este fim-de-semana. Mas esta estação do ano grita por renovação, por um renascimento... das forças, das energias, de toda a nossa flora emocional... Foi por isso que, antes de me atirar de cabeça ao trabalho, quis deixar este post primaveril, num acto de agradecimento àqueles que fazem parte da minha Vida e que actuam nela como primaveras por estarem lá para mim, contribuindo para a renovação das minhas forças a cada dia que passa, com o seu reconhecimento... Porque, como escreve Marc Levy no livro que quase não tenho tido tempo de continuar a ler:
"É fantástico como o facto de beneficiar de reconhecimento, por mais ínfimo que seja, pode ser um bálsamo para a alma. Sentirmo-nos anónimos junto das pessoas com quem privamos é um sofrimento bem mais grave do que se supõe, é como ser-se invisível."

quarta-feira, 17 de março de 2010

Saint Patrick's Day...

Cresci a vestir verde neste dia e sabia-me bem porque sempre foi a minha cor favorita... Não será por acaso que sou uma mulher de Esperança... Não a Esperança de encontrar o pote de ouro no fim do arco-íris, guiada por um generoso "leprechaun"... Mas Aquela que nos faz olhar para a manhã ou para o dia seguinte e acreditar que podem ser melhores ou ainda melhores do que os que findaram... Em semana atarefada de avaliações, sinto-me cansada, mas não quis deixar este dia terminar sem dizer que a Esperança que tenho no melhor da Vida é a minha forma de agradecer tudo o que de bom Ela me dá... Termino deixando uma das muitas lindíssimas bênçãos irlandesas e estendendo-a a todos os que me ajudam a viver e me querem bem, como forma de agradecimento por tudo e, sobretudo, por existirem e estarem lá para mim:
An Irish Prayer
May God give you...
For every storm, a rainbow,
For every tear, a smile,
For every care, a promise,
And a blessing in each trial.
For every problem life sends,
A faithful friend to share,
For every sigh, a sweet song,
And an answer for each prayer.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Notas de cor...

Hoje saí de casa com astral e fisionomia de Segunda-Feira... Cá dentro a música que tocava era: "It's just another manic Monday"... Depois de passar a manhã em errands de prendas para outros, achei que faltava uma nota de cor à minha indumentária e, ao entrar numa loja ao acaso, encontrei o que a complementava: uma pulseira cheia de cores! Ofereci-a a mim própria, acrescentando ao pagar: "- Não preciso de saco porque é para usar já!". Esta minha frase fez-me lembrar os aforismos da minha mãe: "Doce agradecido deve ser logo comido." ou "Presente apreciado deve ser logo usado."
Aquele pedaço de cor no braço alegrou um pouco o meu dia e dei por mim a pensar em todas as tonalidades que (pre)enchem a nossa vida. Não é por acaso que o livro O Deus das Pequenas Coisas está na minha mesa-de-cabeceira, na pilha dos "A Ler em Breve". É que eu dou MESMO valor às pequenas coisas do dia-a-dia e sei que nelas reside muita da força que encontro para prosseguir firme na minha travessia pelo existir. Qual não foi, pois, a minha alegria ao olhar pela janela a meio da tarde de trabalho e encontrar esta "pulseira de cores" para me deleitar a vista? E como as coisas boas não se guardam só para nós, pensei logo em partilhá-la e ela ficou com cores ainda mais vívidas...

domingo, 14 de março de 2010

"Everestes"...

Há fases (normalmente coincidem com os finais dos períodos lectivos... Porque será?) em que ouço a minha cabeça funcionar como uma daquelas caixas registadoras antigas de cada vez que assimilavam um artigo... Quase que consigo ouvir o barulho do meu cérebro quando lhe introduzo mais uma tarefa a cumprir... Tenho a impressão que eu sou aquela que vai inventar os post-its em formato de rolo de papel higiénico...
E como cada qual tem o Evereste que pode, sinto-me alpinista em montanhas de papel para escalar nos próximos dias... E lá porque o meu montinho é branquinho, mas não é de neve (ai, como eu queria que fosse!), apenas de papel, isso não quer dizer que não me sinta orgulhosa de cada distância percorrida... Hoje foi dia de grande avanço... Amanhã há mais! Agora vou abastecer o alforge de forças e pôr as pilhas do cajado a carregar... :)

terça-feira, 9 de março de 2010

Alienação...

Acabei de trabalhar e alienei-me, ou melhor, teletransportei-me... O cenário a que fui parar não é uma ilha paradisíaca, tropical, onde as palmeiras, os cocos e os copos de cocktail são os adereços principais... Deixei-me viajar para a paisagem da minha paz interior e aterrei numa planície a estender-se da brancura alcatifada de neve. Senti no nariz a carícia de um frio seco pelo qual anseio, mas o meu olhar também captou os raios do meu "Sol de Inverno" roubado à D. Simone... Quando regressei deste meu devaneio já não ouvia os teimosos pingos de chuva lá fora... "Viajar é preciso", mas às vezes tem que ser mesmo em imaginação... E ajuda, garanto!

It's raining again...

...e esta sou eu a tentar olhar para mais um dia de chuva com olhos positivos:
"A rose must remain with the sun and the rain or its lovely promise won't come true."
Ray Evans
Pode ser que ajude... se parar de chover em breve! :)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Não só hoje... mas também!

Sem sexismos nem feminismos desmesurados, faço hoje o que faria em qualquer dia do ano, ou seja, celebro a minha condição de Mulher e, com poesia, julgo que o faço da maneira que melhor a ilustra...

"As mulheres pensam como uma impensada roseira
que pensa rosas.
Pensam de espinho para espinho,
param de nó em nó.
As mulheres dão folhas, recebem
um orvalho inocente.
Depois sua boca abre-se.
Verão, outono, a onda dolorosa e ardente
das semanas,passam por cima. As mulheres cantam
na sua alegria terrena."
Herberto Hélder

E, de sabedoria em sabedoria, termino com a hebraica:

"A mulher saiu da costela do homem... Não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas do seu lado, para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e ao lado do coração para ser amada.
Tome muito cuidado ao fazer chorar uma mulher... pois Deus conta as suas lágrimas!"
Talmud (livro hebraico onde se compilam os ditados de grandes rabinos através dos tempos)

domingo, 7 de março de 2010

"Graças e desgraças"


Em época de desgraças, tenho andado mais recolhida... Quando vemos o que pode acontecer num ápice, num percurso que também fizemos tantas vezes, de imediato damos graças pelo que temos e pelo que não nos aconteceu... Interrogamo-nos sobre as pautas do Destino, sobre a mão que as desenhou e sobre aquela que as interpreta, ora em sinfonias de alegria, ora em lamentos de dor... E enquanto reflectimos, toda a nossa semana nos parece mais leve, mesmo com os seus percalços que, noutra situação, nos desalentariam. Ficamos como que anestesiados pela dor alheia. Damos por nós a agradecer infindas vezes o que temos e a valorizar cada troço de estrada percorrido sem azares de maior... E sabemos que, enquanto vivermos, o acorde mais importante da nossa alma será sempre a resistência, a mesma que vemos nos que sofrem, mas que têm que continuar...
É por isso que vos deixo com a citação que abre o livro que agora estou a ler (Os Filhos da Liberdade de Marc Levy):

"Gosto muito deste verbo - resistir. Resistir ao que nos aprisiona, aos preconceitos, aos juízos prematuros, à vontade de julgar, a tudo o que é mau em nós e deseja unicamente exprimir-se, à vontade de abandonar, à necessidade de se lamentar, de falar de si em detrimento do outro, às modas, ambições doentias, à confusão do ambiente que nos rodeia.
Resistir e... sorrir."
Emma Dancourt